Padre Fabio de Melo rebate mensagem de ódio dedicada a Paulo Henrique Amorim
"É assim que nós religiosos fomentamos e fazemos crescer o ateísmo", disse ele.
A morte de Paulo Henrique Amorim gerou grande comoção nas redes sociais. O ex apresentador da emissora de TV Record havia sido recentemente afastado do programa Domingo espetacular por promover frequentes críticas ao governo Bolsonaro.
Amorim, veio a falecer na madrugada desta ultima quara feira (10) ao sofrer um infarto fulminante. o jornalista havia chegado de um jantar entre amigos em sua casa, localizada em Ipanema, área nobre do Rio de Janeiro. pouco tempo depois, o apresentador de 77 anos passou mal. Ele foi imediatamente socorrido e levado as pressas para o hospital, mas infelizmente não resistiu.
Com isso, não demorou muito para que a notícia se espalhasse e os comentários de apoio á família começassem a aparecer. Entretanto, uma das postagens sobre o caso chamou a atenção dos internautas. Trata-se de um comentário nada agradável do ex-deputado Xico Graziano, que teve a infeliz ideia de se utilizar de suas redes sociais para atacar o falecido.
“Quando morre um canalha me lembro das aulas de catecismo, em que o padre falava sobre o Céu e o Inferno. Aquilo me impressionava. Fazer o bem, ser cristão, em suma, era a receita para entrar na porta iluminada. Senão, o Diabo nos esperava na escuridão. Onde baterá a alma de PHA?”, escreveu o ex-deputado.
“Imagine os familiares dele lendo esse tipo de comentário, aliás, bem insensato para o momento. Será que você consegue se colocar no lugar deles?”, disse.
Entretanto, o padre Fábio de Mello não deixou nada barato e imediatamente publicou uma mensagem de resposta.
“É assim que nós religiosos fomentamos e fazemos crescer o ateísmo. Anunciando um deus que é bem pior do que nós”, rebateu o padre.
Posteriormente, Fabio de Mello fez ainda uma segunda postagem.
“Não é preciso ser religioso para ter respeito pela morte do outro. Ainda que com ele tenhamos diferenças, é uma questão humanitária. Respeitar o luto dos que sofrem é expressão de nossa dignidade. Se não gostava do que morreu, dedique-lhe o silêncio”, afirmou.